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Kiznaiver. O que aconteceria se as pessoas descobrissem seus sentimentos?

Kiznaiver é um animação produzida pelo estúdio Trigger (o mesmo de Kill la Kill) e financiada pelas produtoras Aniplex e Crunchyroll. O anime foi ao ar entre 09 de Abril e 25 de Junho de 2016 em um total de 12 episódios sendo exibidos por várias redes Tokyo MX, GTV, GYT, BS11, ABC, TVA e AT-X. O anime também foi transmitido simultaneamente para o restante do mundo pelos serviços de Streaming Crunchyroll e Aniplus Asia legendado em diversas línguas inclusive português do Brasil.

Kiznaiver recebeu nota 7.65\10 no MyAnimeList com mais de 116.000 usuários votantes e 4.2\5 no Crunchyrol pelo menos até a publicação desse artigo.

No anime nós acompanhamos um grupo de estudantes do ensino médio que são escolhidos, ou seria melhor dizer raptados, para participarem  de um programa experimental chamado Kiznaiver no qual são forçados a compartilhar seus sentimentos e dores uns para os outros.  Sobre a premissa de que a humanidade vive uma epidemia caótica de insensibilidade o projeto Kiznaiver se embasa na teoria de que se as pessoas conseguissem ouvir e sentir o que os outros jamais revelariam a respeito do seus verdadeiros interiores certamente o ser humano teria uma visão muito mais fiel, ampla e comprometida em respeitar o próximo.

Acontece que os alunos escolhidos para o projeto são os mais esquisitos, excêntricos, anormais e engraçados que podemos imaginar, cada um com suas personalidades e peculiaridades únicas: Katsuhira Agata, é o protagonista principal de Kiznaiver, ele não sente dor física, é incapaz de sentir emoções intensas apresentando um comportamento que lembra autismo; Noriko Sonozaki é uma garota bem fria, uma gata que sente desprezo por outras pessoas escondendo um passado trágico por trás dessa personalidade; Chidori Takashiro, é a amiga de infância de Katsuhira. É mais emotiva, meio certinha e um pouco histérica, ela esconde sentimentos pelo garoto que acabam por vazar quando começa a participar do projeto; Hajime Tenga é gente boa, engraçado, paga pau de valentão mas morre de medo de cachorros; Nico Niiyama, é uma garota cheia de energia que se veste e se comporta de modo absurdamente excêntrico porém, no fundo, queria ser uma pessoa normal; Tsuguhito Yuta, egocêntrico e mulherengo acaba por demonstrar uma completa atração por Noriko o que o torna um masoquista de primeira sempre recebendo rejeições da mesma; Honoka Maki, é a protagonista principal e integra o grupo que monitora o projeto Kiznaiver. Mais parecendo uma android, ela tem fortes ligações do passado com Katsuhira. E por fim temos Yoshiharu Hisomu, um esquisitão que tem prazer em sentir dor física se envolvendo em todo tipo de situação perigosa tendo várias passagens por hospitais e fraturas pelo corpo.

O grande lance do anime está em seu roteiro engraçadíssimo e bem psicológico. O que aconteceria se você fosse ligado aos pensamentos e sentimentos de outras pessoas? O experimento Kiznaiver produz uma espécie de marca nos braços do personagens e os conecta neurologicamente. Se um dos integrantes receber uma pancada ou sofrer algum tipo de mau trato emocional os outros irão sentir a mesma dor. Isso torna tudo zoado, hilário, pessoal e comprometedor deixando a turma em rédeas curtas. O anime tanto gera cenas engraçadíssimas como momentos dramáticos. Com o avançar da história os personagens vão ficando mais próximos e acabam tropeçando onde não deviam, quero dizer, as vezes um segredo guardado por alguém a sete chaves acaba sendo revelado sem querer e todos ficam sabendo, isso cria sérios problemas. 

Além do mais aqui ninguém pode se esconder, os membros do grupo não conseguem demonstrar ser um tipo de pessoa externamente enquanto escondem seus verdadeiros carácteres. As pessoas se machucam em Kiznaiver, amores não correspondidos são revelados e fatos tristes do passado são expostos. No fim, o grande objetivo é conseguir sobreviver a experiência tendo crescido como pessoa e ainda mantendo as amizades geradas.

Tecnicamente falando Kiznaiver é bem produzido, as animações são bacanas sem bugs até porque esse não o tipo de anime que exije grande apuro. Quanto ao estilo gráfico o traço é bem estilizado, próprio, artístico e delgado. Com certeza visualmente bebe da mesma fonte de animes tais como Kill la Kill, lembrando que o estúdio Trigger produziu os dois animes contanto inclusive com o mesmo diretor de episódio em ambos. É sem dúvida uma tragicomédia hilária. Vale a pena conferir.

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Valeu e até a próxima.


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