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Full Metal Panic Invisible Victory. A volta do estilo meca tradicional (Review Final)



Enfim, Full Metal Panic Invisible Victory chegou ao seu final. A série em estilo meca militar não é a primeira mas pode ser considerada a pioneira dos tempos modernos criando fortes raízes dentro do estilo servindo de inspiração tanto visual quanto de enredo para sucessos mais modernos tipo Code Geass, Suisei no Gargantia e Aldnoah.Zero

Ficou curioso? Então nos acompanhem nesse review de encerramento com o máximo de spoilers evitados onde vamos falar um pouco sobre as origens da série, o grau de receptividade de suas adaptações anteriores e a qualidade técnica e de enredo deste último anime. Sendo assim desde já pedimos a compreensão dos leitores, esse review será um pouco mais extenso mas valerá a pena trazendo informações e curiosidades que muitos não conhecem sobre esta franquia. Vamos lá.



OS MAL ENTENDIDOS COM O TÍTULO AQUI NO BRASIL.

Antes que alguém esteja se perguntando, Full Metal Panic não tem nada haver com Full Metal Alchemist a não ser a similaridade do título. Acreditem, esse é um erro que alguns brasileiros cometem por não conhecerem ou sequer ter ouvido falar da série. Aqueles que nunca assistiram um episódio de FMP chegam a pensar que o anime é um spin-off ou uma paródia de Alchemist o que é um grande engano. Full Metal Panic já tem um longo caminho percorrido na indústria de animes sendo um dos representantes do estilo meca mais raiz. Já faziam 13 anos desde que a última adaptação veio ao ar e seu retorno trouxe uma releitura moderna do design de personagens, uma animação mediana, ação e violência não poupando sequer os mais carismáticos coadjuvantes além de mecas super irados.
AS ORIGENS

Full Metal Panic! (ou FMP!) é originalmente uma série de light novels em estilo ação, ficção científica, mecas e militar com uma pitadinha de humor escrita por Shouji Gatou que surpreendentemente é também o criador do divertido Amagi Brilliant Park. Ele foi o responsável pela composição de série de Hyouka e escreveu para alguns episódios de Lucky Star. As novels foram ilustradas por Shiki Dougi e começaram a ser publicadas em 1998 contendo 22 volumes, o último lançado em 2011. Full Metal Panic possui uma forte influência sobre o estilo meca contribuindo como fonte de inspiração para obras de sucesso mais recentes, embora não estando em alta nos últimos anos esse tipo de enredo já vivenciou seus grandes dias de glória e continua vivo e presente.
ANIMES ANTERIORES DE FULL METAL PANIC

O sucesso das novels levou a obra para as telas já contando com 4 adaptações em anime incluindo essa última. A primeira adaptação intitulada apenas Full Metal Panic! veio ao ar na temporada de Inverno\2002 em um total de 24 episódios produzidos pelo estúdio Gonzo recebendo 7.75\10 no Myanimelist; a segunda adaptação chamada Full Metal Panic? Fumoffu!, este que é praticamente um spin-off, veio ao ar no Verão\2003 em um total de 12 episódios + 1 OVA produzidos pela Kyoto Animation recebendo 8.15\10 no Myanimelist focado quase que inteiramente na comédia. O anime teve uma linha mais cômica apresentando o personagem Fumoffu, quem assistiu Amagi Brilliant Park deve lembrar que ele esteve de volta inserido em um novo universo sendo o mascote briguento do parque Amagi. A terceira adaptação recebeu o título Full Metal Panic! The Second Raid vindo ao ar no Verão\2005 em um total de 13 episódios também adaptados pela Kyoto Animation e alcançando nota 8.03\10 no Myanimelist. Dessa vez com uma história bem mais séria sendo a continuação direta do primeiro anime e considerado o melhor em enredo e animação. Desde então a obra ficou estagnada sem nenhum novo anime até que na Primavera\2018, 13 anos depois, Full Metal Panic! Invisible Victory  veio à luz.
O ENREDO DE INVISIBLE VICTORY

Numa pegada cheia de ação onde derrotar o inimigo é a prioridade máxima a série bebeu um pouco de fontes hollywoodianas neste quarto anime com direito a perseguições de carro, bala voando para tudo quando é lado, vilões que matam a sangue frio e muitos mecas irados. O enredo prima por detalhes estratégicos e um protagonista sério que não faz rodeios indo direto ao ponto. Por se tratar de uma guerra violenta entre diferentes facções militares ligadas ou não ao governo o autor sem dó permite que alguns coadjuvantes que quase podem ser considerados protagonistas venham a perder a vida reforçando o lado mais hardcore da história. Infelizmente essa postura eliminou alguns personagens que muitos se apegaram como a jovem Nami que ajudou o protagonista Sousuke a se reerguer após ter sido derrotado no início do anime.
 Continuando basicamente de onde parou lá em 2005, em Invisible Victory Sousuke Sagara (dublado por Seki Tomokazu) precisa começar do zero já que seu meca (robô gigante pilotado por humano) foi derrotado e destroçado por um modelo bem mais avançado controlado por Leonard (dublado por Daisuke Namikawa) o irmão de Teletha e vilão da história. De início Sousuke está em fuga procurando salvar a vida de Kaname Chidori (dublada por Yukino Satsuke) enquanto isso a base militar sob o comando de Teletha Testarossa (dublada por Yukana) está sob ataque de mecas titãs quase impossíveis de derrotar. Sendo assim Sousuke precisa agir sozinho procurando resgatar Chidori que foi levada prisioneira por Leonard. Ele colocará sua vida e suas habilidades em jogo várias vezes para alcançar tal objetivo em paralelo Teletha tem uma importância relativa na história demonstrando mãos-de-ferro e sangue frio no comando da organização evitando que ela desmorone e não se enganem, apesar de baixinha e do aspecto lolita a garota é casca grossa e entende o que está fazendo.

A QUALIDADE TÉCNICA E ARTÍSTICA DE FULL METAL PANIC INVISIBLE VICTORY.

Mantendo a nostalgia e a memória das adaptações passadas Invisible Victory manteve o mesmo design de personagens porém com evoluções necessárias para 2018, os animes do final dos anos 90 e início de 2000 possuíam olhos de tamanho exagerado ocupando quase toda a face do personagem na nova adaptação os olhos continuam em destaque mas ganhando proporções mais adequadas. A animação infelizmente não é top ficando apenas dentro de padrões medianos, os estúdio Gonzo e Kyoto Animation produziram os três primeiros animes já este ficou sob a responsabilidades do estúdio Xebec (o mesmo de Keijo!!! e To love-Ru)
Agora, algo que chama a atenção sendo de encher os olhos é o design dos mecas deixando qualquer fã de robôs fascinado. Os produtores usaram animação 3D para os movimentos e combates dos robôs gigantes e o resultado ficou bacana. O capricho também é visto na música tema de abertura, escolheram um pop-rock bem atual e atraente para o público mais jovem. Com um nome de sucesso no mercado Full Metal Panic Invisible Victory não foi esquecido tendo boa receptividade alcançando nota 7.72\10 no Myanimelist no momento dessa postagem (essa nota e dinâmica e varia um pouco com novos votos computados).

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Valeu e até a próxima.

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