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Black Fox (Review Final). Rikka Isurugi, a ninja misteriosa e sua história de ação, drama, superação e justiça!




Black Fox é um longametragem animado original disponível no Brasil por meio do serviço de streaming oficial (link ao final) com legendas em Português. 

A história de uma garota dividida entre a responsabilidade de ser a sucessora do clã ninja do avô ou seguir o caminho de pesquisas científicas do pai acaba tragicamente interrompida por um ataque criminoso com consequências chocantes que determinaram seu destino daquele momento em diante. 

Tendo um elenco de personagens muito carismático e uma história que de início prometeu muito mas concluindo-se de forma um tanto clichê, Black Fox trouxe algo que seu público-alvo curte bastante: Um bonito visual e boa animação com alguns momentos de combate fluidos e dinâmicos. Caso ainda não tenha assistido ao filme nos acompanhe neste review contextual, sem muitos spoilers, abordando o enredo, avaliações e equipe técnica.

Este parágrafo é dedicado as pessoas responsáveis pela animação. Caso não tenha interesse em dados tipo nome do estúdio ou notas em sites e fóruns, basta saltar para o parágrafo seguinte. Black Fox (Raposa Negra) é um anime/filme original do estúdio 3Hz em parceira com o serviço de streaming Crunchyroll tendo direção de Kazuya Nomura e roteiro de Naoki Hayashi. Em um total de 1h30min o anime foi exibido nos cinemas japoneses no Outono\2019 recebendo nota 7.04\10 no Myanimelist, o que em nossa opinião poderia ser um pouco maior em torno de 7.4\10. (Observação: Esta nota é atribuída pelos usuários e pode variar com novos votos computados).

ENREDO E PERSONAGENS
A história é centrada na personagem Rikka (dublada por Ayaka Nanase), uma garota que desde a infância é treinada pelo avô para se tornar uma ninja habilidosa e herdar o clã Isurugi. A apresentação inicial do treinamento da garota exibe cenas de luta bem coreografadas com bons ângulos de câmera e ótima animação.
Porém, Rikka deseja se tornar uma cientista igual ao pai Allen (dublado por Hiroshi Tsushida) que aliás possui um grandioso laboratório no subsolo da casa da família. O pai de Rikka vem trabalhando em um projeto revolucionário criando 3 androids animais dotados de inteligência artificial na forma de um cachorro, uma águia e um esquilo que podem comunicar-se livremente com as pessoas e ajudar o ser humano nas mais diversas atividades. Aqui o enredo dá a entender que seguirá um caminho tanto fictício quanto dramático.
Anos se passam e Rikka agora adolescente volta de seus estudos no exterior para o lar onde tanto o pai quanto o avô a aguardam para uma festa surpresa mas, ao chegar em casa ela encontra o lugar bagunçado e sangue por toda a parte. O laboratório foi invadido por um grupo de mercenários a mando de dois ex-amigos de seu pai chamados Gradshem e Lauren que, por ganância e inveja, desejavam o projeto dos androids animais. Em um único momento Rikka perde os dois únicos parentes sendo obrigada a trocar de nome para Lily e morar em um pequeno apartamento com sua colega Melissa, ganhando a vida como assistente de detetive particular. Um detalhe curioso é que Melissa é mais do que os olhos vêem e como as duas se conheceram não é abordado na história.
Rikka está determinada a obter vingança e encarna o papel da Black Fox, uma ninja usando máscara de raposa (assim como o avô) que atua nas noites da cidade auxiliada pelos 3 androids criados por seu pai. Tais androids além de se tornarem companheiros e conselheiros fiéis trazem uma presença que cativa o público mais jovem.

UMA HISTÓRIA DE POTENCIAL POUCO EXPLORADO
Black Fox tem várias cenas de ação que em nossa opinião merecem audiência mas, se eu tivesse que apontar o maior problema seria o enredo que — não é ruim tendo um início promissor apresentando bem cada um dos personagens mas — na etapa final parte para o clichê pouco criativo com cientistas loucos usando poderes cinéticos, robôs exterminadores e coisas do tipo. Isso frusta um pouco perante toda a expectativa da carga dramática construída no início. A pressa no modo como tudo se desenrola é compreensível devido o tempo curto já a batalha final de Rikka contra o pai de Mia tem alguns momentos de ação empolgantes.
Por falar nela, Mia (dublada por Haruka Tomatsu) é usada como experimento laboratorial por seu pai Lauren (dublado por Nobuo Tobita), um cientista com forte complexo de inferioridade e traços de psicopatia que por inveja de Allen acaba usando todos os meios possíveis para que suas ideias sejam reconhecidas como melhores. Mia é uma garota inteligente porém bastante carente sendo não uma, nem duas mas, três vezes iludida pelo pai alegando que a amava quando na verdade apenas queria usa-la em seus experimentos envolvendo poderes cinéticos. O primeiro encontro entre ela e Rikka foi o pontapé de uma amizade que mais à frente seria testada e fortalecida. O enredo termina com assuntos inacabados indicando que talvez no futuro possa haver uma continuação abordando o confronto de Mia, Rikka e Melissa contra Gradshem (dublado por Hiroki Touchi). 

QUALIDADE VISUAL
Quanto ao visual há pouco o que reclamar. No geral Black Fox tem um bonito design de personagens feito por Atsushi Satou com traços bastante carismáticos, esguios e linhas levemente estilizadas. Um aspecto curioso é um pequeno detalhe marrom ou azul posicionado nas laterais das pupilas dos olhos dando uma aparência única quando os personagens são vistos em close. A ambientação tem locais urbanos apresentando alguns elementos em 3D como transeuntes pelas ruas que destoam um pouco da animação mas nada sério já que foram colocados em cenas curtas e de pouca relevância. Quando a animação o filme é acima da média tendo momentos de ação incríveis contando com uma boa equipe de animadores incluindo mais de 60 key-animators e mais de 50 in-between animators, muitos pertencentes a estúdio parceiros.

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Valeu e até a próxima.

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