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* Esta postagem tem spoilers evitados, quando possível!
Continuamos com nossa maratona cobrindo alguns dos principais animes estreantes nesta temporada de Inverno\2019. Já publicamos as primeiras impressões de Lord El-Melloi II Sei no Jikenbo, Tate no Yuusha no Nariagari, Boogiepop wa Warawanai e Egao no Daika. Os interessados podem conferir posteriormente pelos links acima.
Dizem que beleza não se põe na mesa e que um anime visualmente bem trabalhado não significa necessariamente uma boa história. Embora eu concorde, afirmo que se você aprecia adaptações bem produzidas com uma qualidade visual interessante e efeitos gráficos surpreendentes, então precisa assistir a estreia de W'z. A série começou ontem, 06 de Janeiro, estando programada para 13 episódios e chocou muita gente com os efeitos visuais incríveis de sombra, iluminação, texturas e ambientação que apresentou (falo mais daqui a pouco).
Apesar de títulos diferentes W'z é a continuação de Hand Shakers, anime lançado no início de 2017 e que já trazia efeitos visuais diferenciados apesar do enredo não ter agradado muita gente na época. A história de Hand Shakers se desenvolvia em um futuro algumas décadas à frente na cidade de Osaka com foco em duplas de parceiros que poderiam invocar as "Nimrodes", armas provenientes da psique humana que surgiam quando eles juntavam as mãos e permaneciam assim, daí o título do anime. Os hand shakers lutavam uns contra os outros e a dupla no topo iria conhecer e desafiar a Deus.
W'z aparentemente dá prosseguimento a história e nós acompanhamos a vida de Yukiya (dublado por Katsumi Fukuhara) um adolescente de 14 anos aspirante a DJ, ele costuma gravar algumas de suas composições e posta-las na internet porém anda frustrado com as baixas visualizações. No enredo existe uma dimensão paralela a qual pode ser acessada por hand shakers, quando duas pessoas com essas habilidades juntam as mãos (e permanecem unidas) elas entram neste universo paralelo no entanto Yukiya é um hand shaker irregular que pode entrar e sair sem a ajuda de uma parceira além de ter poderes superiores aos demais. Haruka (dublada por Akane Fujita), sua amiga de colégio, o convence a gravar um vídeo promocional no meio do público porém Yukiya tem uma ideia melhor e deseja gravá-lo na dimensão paralela levando junto sua pick-up de DJ. Eles são detectados por duplas rivais que desejam derrota-lo e tomar posse de suas habilidades.
Apesar de um enredo "ok" não foi isso que impressionou em sua estreia mas sim os efeitos visuais implementados. Além da animação do primeiro episódio ter sido muito boa com direito a alguns momentos acima da média, W'z trouxe efeitos computadorizados de iluminação e sombra, textura dos cenários e dos personagens de encher os olhos! Computação gráfica em efeitos visuais nos animes não são nenhuma novidade, estúdios como a P.A.Works com Nagi no Azukara (2013-2014) e Ufotable com a série Fate\Stay Night (2006-2015) e Tales of Zestiria the X (2016) já nos apresentaram adaptações fantásticas provando que quando bem feita a implementava eleva o visual dos animes a outro patamar.
A estreia de W'z seguiu pelo mesmo caminho e o primeiro episódio mais parece uma visual novel de tão caprichado! A paleta de cores é rica e diversificada, a ambientação urbana possui diversos personagens trafegando (embora estes sejam animados em 3D) e inclusive as nuvens dos céus tem movimentação dinâmica com os raios do sol refletindo naturalmente por entre os prédios. O design de personagens no entanto divide opiniões, alguns vão achar bacana outros nem tanto. Embora eu acredite que toda essa tecnologia seja recente, obras como W'z nos dão uma palinha das evoluções que estão por vir na animação japonesa durante a década de 2020 que já está batendo as portas. O anime é produzido pelo estúdio Gohands (o mesmo de Seitokai Yakuindomo) com trilha sonora original produzida pela Goon Trax.
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